quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vamo Pra cima deles


É incrível. É inexplicável. É previsível. O Flamengo é um time que não pode ter torcedores, mas sim fiéis religiosos com fanatismo suficiente para engolir certas emoções. A coisa não funciona, ele ganha. A coisa engrena, ele perde.

Se o time é favorito, apanha. Se é zebra, goleia. Ô time pra matar nego do coração…

Hoje tinha tudo!!! Conhecia o adversário, estava engasgado, cheio de moral pela vaga no Pacaembu, jogo em casa, casa cheia… E aí? “Flamengou”.

Adora fazer o impossível, seja pro lado bom, seja pro ruim.

Mas não é tão surpreendente assim os motivos que levaram o time a derrota. Vejamos.

Contra o Caracas, pane inicial.

Contra o mesmo Universidad, pane inicial lá e aqui.

Contra o Corinthians, pane inicial.

Amigo… futebol é simples. Uma hora a pane custa caro. Tá achando que vai passar todo jogo fazendo besteira por 30 minutos e vai sair impune? “A bola pune”, diria Muricy.

Onde entra a parte tática? Onde entra a técnica?

Não existe. É totalmente emocional a coisa. O time do Flamengo é bom, forte, mas é completamente desequilibrado emocionalmente. Dá pane, os caras simplesmente esquecem como joga bola e de repente, do nada, voltam a jogar.

Vai meter na conta do Rogério as bolas que entregaram pros gols dos caras? Não dá.

Vai meter na conta da diretoria os erros embaixo da trave que poderia transformar o 2×0 numa virada com goleada? Também não dá.

Vai falar que é porque o Adriano faltou no treino? Também não.

É meramente um despreparo emocional. Claro, hoje teve a história de não aquecer pelo atraso. Pode e deve ter prejudicado.

Mas e o passado recente? Foi assim em quase todos os jogos da Libertadores.

O Flamengo faz o gol, dá branco, entrega la atrás.

Com 4 volantes, que diabos esse time faz pra tomar 2 gols e ainda ver o adversário perder mais 4 chances na cara? Não é tático. É mental.

O time surta, sente a pressão, acha que vai ver gols brotarem do além e quando se tocam estão perdendo.

Libertadores é mata-mata, e neste tipo de jogo não existe cochilar e ficar vacilando.

Desde a estréia o Mengão vacila, implora pra perder, mas as vezes não atendem o pedido.

Hoje, atenderam.

Perdeu com todos os motivos do mundo! Merece cair fora, se cair. Não se disputa uma vaga em casa dando bola pro adversário o tempo todo porque tentou dar drible bonito na defesa. Isso é muita falta de controle emocional, de noção do que está em jogo, de equilibrio.

Tá resolvido? Não. E só não está porque o time dos caras não é um gigante brasileiro. Se fosse, já tinha ido pro saco. Como é apenas um chileno, dá pra sonhar. Mas vai ter que fazer 200% o contrário do que fez hoje: Levar a sério!

Foram 29 chutes do Flamengo no gol. Ok, o time tentou. Mas… vocês viram os chutes, né?

Não percam o tempo de vocês procurando motivos táticos e técnicos pra isso. O Flamengo é forte no seu elenco, tem bom time, esteve com uma escalação aceitável e que venceu o Corinthians no Pacaembu.

O problema é 100% emocional. O time simplesmente não aguenta o tranco de decidir como favorito com essa camisa. Como “zebra”, voam.

Quando os cobram o resultado, surtam.

Isso não se cura treinando chute a gol.

abs,

segunda-feira, 8 de março de 2010

*** Caso Adriano ***


Adriano deveria ter se apresentado para treinar, viajar, jogar. Não cumpriu nenhuma das três obrigações. Deve ser cobrado por isso. Essa é a parte pública da questão, que diz respeito aos jornalistas, ao torcedor, ao clube que paga seu salário, a qualquer um. Ponto. Quanto a isso me parece que não há qualquer discordância.

O diabo é o que vem a partir daí. Especulações sobre onde esteve, com quem, o que fez, a que horas, todas essas coisas que não dizem respeito a ninguém, salvo venha a ter algum desdobramento que desloque a questão para o âmbito público, tal e qual um registro de delegacia, de hospital, alguma denúncia comprovada.

Do contrário, essa é a parte privada da questão, que não diz respeito aos jornalistas, ao torcedor, ao clube que paga o seu salário, a qualquer um. Sei exatamente o tamanho da cumbuca onde estou metendo a mão quando entro nesse assunto, e mais ainda ao defender alguns pontos de vista como os que vem por aí e pretendo me aprofundar.
Porque por trás dessa onda na parte privada da questão existem outras questões muito mais obscuras e preocupantes.

Intolerância, falso moralismo, hipocrisia e o cada vez mais comum e aceito com normalidade, o jornalismo-manja, como humildemente batizei o jornalismo inescrupuloso que especula sem apurar, publica sem checar, aceita qualquer fragmento de informação como notícia, e pior, passa isso adiante como verdade absoluta. (para se ter uma ideia, de uma informação apenas, sabe-se lá de que fonte, várias reportagens, em vários veículos foram escritas sobre o episódio). Com um agravante dos tempos modernos: o jornalismo-manja agora se dá em duas etapas: a da reportagem e a do comentário. Haja manjada!

Voltaremos ainda aqui aos desdobramentos do caso Adriano, seus problemas, implicações, equívocos e consequencias. Por enquanto manjemos um pouco mais o jornalismo-manja. Há pouco tempo condenaram o atacante Fred porque ele estava pegando onda. A fonte do “crime” foi o relato de um barraqueiro da praia, sem fotografia, sem nada, que afirmou ter visto o tal “crime”. Virou manchete, afirmou-se e pronto.

Recuando um pouco, lembro com tristeza de ter visto alguns jornalistas que, muitas vezes ávidos por melhorar o status na empresa, ou mesmo por deformação de caráter, iam para a noite para ficar manjando a vida alheia. No dia seguinte, passavam o relato para algum manja-mor. Na dúvida entre rir ou chorar, sempre acabei rindo um pouco ao imaginar a cena e o diálogo: o sujeito saindo de casa e se despedindo da mulher:

- Amor, tou indo pro trabalho?
- Vai com Deus, amor, tá indo fazer o que hoje?
- Fica tranquila, não me espera pra dormir que hoje vou ter que manjar a noite toda!

Definitivamente, esse ofício pode ter algo de nobreza ou pode ser uma das coisas mais vergonhosas. Com tanta coisa pra fazer, tanta energia pra gastar na apuração de coisas relevantes, os cofres das entidades do nosso esporte se esvaziando e sendo subtraídos na calada da noite, e o sujeito sai de casa pra manjar...Com efeito! Nenhum pai cria um filho pra ele ser “manja”. Por essas e outras, agradeço muito olhar pro lado na nova trincheira e não ver nenhum adepto do jornalismo-manja.

As coisas pioraram demais nos últimos tempos. Nesse sentido, piorou a imprensa, piorou certamente o Brasil e a sociedade e piorou o mundo. E a tecnologia ainda agravou isso tudo, transformando tudo numa mega celebração da manjada.
Jogadores do passado cometiam as mesmas falhas, e nem por isso estavam no paredão de fuzilamento moral.

Vou escrever com calma e pausadamente para não haver confusão, insinuações de que estou comparando fulano e sicrano... Me apego apenas ao moralismo e a hipocrisias reinantes. Garrincha dava suas escapadas. Magistralmente Ruy Castro nos conta, como tantos outros contaram, de seus problemas com mulheres, suas questões extra-conjugais, seus graves problemas de alcoolismo que tão alto preço cobraram, suas fugas de concentração. E nem por isso alguém julgou o caráter de Garrincha, como não podia mesmo ser. Podemos dar quinhentos exemplos, mas vamos chegar um pouco mais para cá.

Em 1986, Renato Gaúcho e Leandro fugiram da concentração da Toca da Raposa perto já da Copa e tomaram uma senhora carraspana. Daquelas que, quando sobrevivemos, nos orgulhamos. O fim da história todos sabem, corte, pedido de desligamento em solidariedade, tudo isso às vésperas de uma Copa do Mundo. Fizeram falta ao Brasil certamente. Renato estava no auge e Leandro foi um monstro sagrado. Na minha modéstia opinião, o maior lateral direito da história do futebol brasileiro (e lá vou eu me metendo em outra confusão...). Erraram. Mas ninguém jamais julgou o caráter de nenhum dos dois. Pelo contrário. Prova de que o mundo nesse sentido piorou e ficou muito mais moralista e chato, é que, fosse hoje, estariam chamando-os de sem caráter, evocando o patriotismo, etc, etc...

Um quarto de século depois, uma saraivada de críticas que resvalam para o julgamento moral são desferidas em direção a Adriano. Irresponsável, sem caráter, leviano, moleque, além das outras que enveredam e acabam por revelar o preconceito social: favelado, bandido...

Tive breves contatos com Adriano. Sempre o melhor e mais educado possível. Mas juntando relatos e informações aqui e ali de quem convive mais e o conhece, chega-se a uma conclusão sobre o cidadão: assim como nos versos de Cazuza, assim como na própria vida do poeta, Adriano não pode “fazer mal nenhum a não ser a ele mesmo.” Outro ponto aqui, ponto final. Não é possível julgar moralmente quem só faz mal a ele mesmo. É possível sim tentar entender. Mais do que isso: é preciso tentar entender.

Para tentar entender, é preciso mergulhar um pouco em dois pontos:

A) Na história pessoal dele e de qualquer outro (são tantos...) que passaram e passam por isso no futebol.

B) É preciso mergulhar também um pouco no próprio futebol e suas engrenagens.

Quanto ao futebol a reflexão é mais rápida e simples: apesar de conviver desde sempre com meninos com histórias de vida como Adriano, o futebol e sua estrutura que suga a laranja e joga o bagaço fora não é preparado para lidar com sujeitos assim.

Na pressa do lucro rápido e do resultado, não dá pra parar e dar atenção para cada um, principalmente lá atrás, quando o futuro do menino é incerto.

Que não me falem nas estruturas de hoje dos clubes, das categorias de base com psicólogos, etc. Gosto da rua e da estrada nessa profissão, não sou de ficar no ar condicionado. Percorri um monte de buraco Brasil e mundo afora fazendo reportagem sobre categorias de base. Vi coisas parecidas com os piores reformatórios, Febens e Funabens da vida. Meninos como bois no abatedouro esperando sua hora. Mesmo nos clubes grandes e seleções de base vi coisas impressionantes.

Lembro de algo especialmente marcante em particular, acompanhando a seleção brasileira sub-17 no Mundial de 2005. Ouvi algumas vezes, em off, de gente da própria seleção que alguns meninos ali, (que depois virariam estrelas mundiais), eram insuportáveis, que só eram aturados ali porque jogavam muita bola e eram importantes pro time. Ou seja: dane-se o ser humano, enquanto fizerem gols está bom.

A convivência me apresentou esses mais problemáticos como meninos excelentes, bons de papo, carentes de saber das coisas, corações enormes. No hotel, reparei que todo dia muitos deles iam para o quarto da rouparia, e lá ficavam horas de resenha com o roupeiro e com o massagista. Um dia fui saber que romaria era aquela. Singelamente, os dois me contaram que os meninos iam ali desabafar, falar da vida, da família. Que se sentiam distantes dos psicólogos dos clubes, de seleção, porque eram muito diferente deles, e que os roupeiros e massagistas sim falavam a língua deles.

Sai dali com o projeto arquivado de fazer um documentário sobre roupeiros e massagistas (alô Trajano, Helvídio, Marcelão, Salim, depois da Copa conversamos!), as grandes e verdadeiras caixa-pretas do futebol. Resumindo: o futebol é absolutamente despreparado pra lidar com esses meninos. Sem falar dos empresários, sempre pensando mais na caixa registradora.

Quanto ao outro ponto, sobre a história pessoal de Adriano, o mergulho deve ser mais profundo: estamos falando, e não é novidade alguma, de meninos que saem do nada para o tudo. Como Adriano.

Aqui é preciso acima de tudo tentar se despir do olhar de alguém bem criado, bem nascido, com o olhar incapaz de entender como aquele outro vê as coisas, suas referências, de onde veio, os tapas que tomou da polícia na infância, as tantas vezes em que a vida disse não e que o dinheiro e as pessoas pisaram nele. Sem tentar ver com esse olhar, não será possível entender o outro. Não será possível entender Adriano.

Mais do que dinheiro, carências, estamos falando de um conceito que é o mais aterrador e definitivo de todos na formação de alguém de história como a de Adriano: a INVISIBILIDADE SOCIAL.

Pior do que não ter algo, pior do que qualquer carência, é não ser visto nem reconhecido pela sociedade. É não existir. No Brasil, o conceito foi extremamente bem desenvolvido e aprofundado pelo antropólogo Luís Eduardo Soares. Recomendo o documentário “Ônibus 174” (o DOC, não o filme), com sua desconstrução da história do menino Sandro até chegar a invisibilidade social de sua existência, que o conduziu aos atos extremos para avisar ao mundo que existia.

A invisibilidade social é o contrário da visibilidade social, obviamente. Você só existe se é visto. No caso de Adriano, a experiência é certamente muito mais intensa do que para qualquer um: em curto espaço de tempo, o invisível da favela passa a ser um dos seres mais visíveis do planeta. Pare e pense sobre isso antes do julgamento moral, vale a repetição para reflexão: o invisível da favela passa a ser um dos seres mais visíveis do planeta. Deve ser mais ou menos tão intenso e abrupto como entrar na sala de cirurgia com a cara do Tião Macalé e sair como Alain Delon.

Do sujeito que nada pode ao que tudo pode. Sinceramente, por muito menos, mesmo na minha profissão que mexe com a vaidade de alguns que não entendem o que está acontecendo e seu papel, já vi coisa bem pior. De muitos que adoram crucificar. Por muito menos.

Vale repetir o que comecei lá em cima: Adriano deve pagar sempre por tudo o que é visível e público em seus erros. Sem jamais ser julgado pelo que não é público, ou seja, pela cabecinha de alguns moralistas e hipócritas.

Para terminar, peço licença ao Márcio Guedes para entrar na área dele e recomendar dois documentários com personagens espetaculares: histórias bem parecidas na essência com a de Adriano. “Tyson”, de James Tobak, e “Maradona by Kusturica”, de Emir Kusturica. O trabalho dos diretores é diametralmente oposto. Em “Tyson”, o diretor aproveita o melhor de um personagem espetacular. Para quem não conhecia o personagem profundamente, como nós no Brasil, um sujeito extremamente inteligente, desnudado para uma câmera quase invisível. Espetacular. Ao acabar a sessão, o impacto é o mesmo de um soco de Tyson.

Já em “Maradona”, o diretor com seu ego imenso (se incluir no título já diz tudo) faz de tudo para destruir o filme, se incluindo a todo momento em uma trama onde não cabe outro personagem. Mas o personagem é tão grandioso e espetacular que o diretor não consegue estragar.

Em comum, o relato dos dois dando conta de vidas que fizeram essa ponte entre a absoluta invisibilidade social para a imensa visibilidade social. Impossível esquecer a cena do relato de Maradona, ainda hoje lutando para sobreviver a sua eterna tormenta. Entrando em campo, afirma com todas as letras: “só existo aqui no campo, só sou feliz aqui”. Foi ali no campo que deixou a invisibilidade, que conquistou o direito de ser visto. É fora dali que tem pânico de voltar a invisibilidade. Depois do filme, é fácil entender porque um sujeito como ele aceita arriscar toda a biografia voltando ao campo, agora como técnico. É preciso prolongar a visibilidade. O contrário dela é o tormento de sua vida que conhecemos.

Impossível esquecer os relatos de Tyson, das agruras da infância para os dias de glória. Um e outro jamais se recuperaram da mais abrupta travessia possível para um ser humano: a tal da absoluta invisibilidade social para a mais glamourosa visibilidade social. Como Adriano até aqui. Passar de Tião Macalé para Alain Delon em uma breve fração de tempo.

Atire a primeira pedra moral quem tem a certeza de que passaria por essa tsunami de emoções sem qualquer trauma ou risco.


MAL NENHUM (Cazuza)

Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

** Medo injustificado ridículo ***


Pelo jeito o sol insano que tem aquecido o verão carioca andou fritando mais miolos do que o normal. Tudo bem que o Carnaval é época propicia para a sátira e para as fantasias e que a irreverência é uma marca registrada do carioca. Mas fiquei verdadeiramente embasbacado com a quantidade de supostos rubro-negros que confessaram estar com medinho do Foguinho. Ui.

Fala grosso, mané. Medo? Do Foguinho? Falem sério, se não vou fechar os comentários do Urublog até o final do Carnaval. Adoro fazer o Urublog, mas não ganho o suficiente pra ler essas aleivosias. Até confesso que no primeiro momento acho engraçado ler essas paradas. Porque os motivos alegados pra sentir o tal medo do Botafogo de Chororô e Regatas são muito sem noção e acabam fazendo rir. Mas na real irrita.

Uns dizem que o Carnaval vai derrubar nosso time baladeiro, como se os ascetas de Soldado Severiano fossem fazer algum retiro espiritual durante o tríduo momesco. Outros temem a vingança tática de Pai Joel, que era apenas um retranqueiro fã dos 3 beques e 5 cabeças de área no tempo do Mengão, mas como agora fechou com o lado errado se tornou um terrível estrategista. Na moral, me amarro no Joel, mas se ele fosse essa Coca-Cola toda o que é que o Pé de Uva está fazendo lá nos Bafana-Bafana?

Os mais engraçados são os amedrontados que apareceram por aqui com razões antropométricas. Afirmam que Ronaldo Angelim mede 1,70, Álvaro 1,80 e o Maluco Abreu mede 2,30 e que por isso o jogo aéreo do terrível Foguinho arrasará nossa defesa. Esses caras tão pensando que futebol é concurso de miss?

Pra essa turma só posso responder na mesma moeda e sugerir que eles façam a medição cuidadosa da circunferência dos ovos de cada time. Imagino que vai ser meio desconfortável segurar a fita métrica, mas no futebol, esporte para gordos e magros, altos e anões, essa é única medida que importa.

Não esqueçam que vamos jogar com o Foguinho, o Chororô, o Time do Quase, o Time de Boneca etc, etc etc. Freguês das antigas, que esperneia um pouco, mas que costuma sempre entregar a rapadura pra nós no final da festa. Portanto, não há motivo pra pânico e tampouco para essa pagação de mico tão pouco rubro-negra. Se não quiser sacanear o nosso adversário na semi, beleza, vamos respeitar. Mas lembrem-se que para rubro-negro que honra o Manto, antes de qualquer fair-play ou gracinha com o adversário, é proibido desrespeitar o Mengão.

Vamos com tudo pra cima deles. Temos mais time, mais torcida e mais camisa. Precisamos de mais alguma coisa?

Medo do Foguinho. Vê se pode!?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Esse que deveria vir


Dos Emirados Árabes, Emerson não esquece o Flamengo por um minuto. Na manhã desta quinta-feira, o atacante do Al-Ain revelou em seu blog oficial que luta diariamente para retornar à Gávea.

- Mesmo que as palavras sejam esquecidas, que a presença não seja constante e os caminhos sejam diferentes, pode ter certeza: eu sempre te amarei, onde estiver estarei. Aqui eu continuo brigando para voltar... Amor eterno – disse o Sheik.

Há cerca de dez dias houve um início de conversa para o atacante voltar. O técnico Jorge Fossati, com quem Emerson trabalhou no Qatar, também o indicou para o Inter. Porém, a vontade é jogar novamente no Rubro-Negro, onde ficou de abril a setembro de 2009.

O contrato dele no Al-Ain termina em maio de 2011, mas há chance de os árabes o liberarem na metade deste ano.

Sinceramente, gosto do Wagner Love mas prefiro o nosso querido Sheik,mas sabe por quê o Sheik não volta? prq ele não rende venda de camisa,mas ele é um batalhador que acima de tudo ama o Flamengo como poucos,espero que essa reportagem acima se torne uma realidade em 2010,mas como é bom ver os vascaínos se roendo de medo do nosso ataque,Rumo ao Tetra estadual conquista que ainda não temos e o Bi da liberta e rumo á Dubai....


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Significado do nome Flamengo


Você já se perguntou como surgiu o nome "Flamengo"? Todo mundo sabe que é o nome de um bairro do Rio de Janeiro, certo. Mas e como surgiu o nome do bairro?

Segue o significado.

FLAMENGO - 1. "da cor da chama, vermelho, flamíneo", derivado de flama, do latim flamma "chama". Pertence a uma família palavras com o significado ligado a "chama, fogo, luz, brilho, queimar, brilhar, arder", remontando à raiz indo-européia *bHleg^-, bHelg^- "queimar, brilhar, chama", de onde o Latim flamma (<*flagma), "chama" (aliás, "chama" é a forma portuguesa derivada de flamma, enquanto "flama" é termo erudito, latinizante), fulmen "raio" (<*bHl.g^-mn.), fulmina:re "fulminar, queimar com o raio" e fulgur "relâmpago"; o Grego phlox "chama", phleg- "queimar"; o Inglês black "negro, originalmente, queimado". 2. Natural de Flandres, região que faz parte da Bélgica. Deriva do holandês Vlaanderen "Flandres" (Inglês Flanders) , donde os derivados Vlaming (Inglês Fleming) e Vlaams (Inglês Flemish). A fonte é o toponímico germânico ocidental *Flaumandrum, derivado de *flauma- "inundação, terra inundada, alagada" (cf. Nórdico flaumr, Frísio flâm) com um sufixo de origem desconhecida -*andr- (possivelmente Pré-Germânico e Pré-Céltico). O termo *flauma- é afim de *flo:Duz "inundação" (Inglês flood, "inundação, dilúvio"), remontando ao proto-indo-europeu *plou-mo-, de um radical *pleu-, plou- "nadar, navegar, boiar, fluir", daí o Grego plôtos "navegável", plôein "nadar", o Sânscrito plava- "flutuar". A presença de navegadores flamengos em Portugal dará origem a muitos toponímicos, como a Ribeira dos Flamengos, na ilha açoriana do Faial, e à Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Vc Confia?


Sabe qualé o problema dessa geração de craques? A postura. São mimados demais, exaltados demais, se acham demais e muitos deles esquecem de crescer. Agora, por meia duzia de jogos bons, já falam em Ronaldinho na seleção de novo. Ok, ele joga muito! É indiscutivel.

Mas, e a personalidade desses caras? Você confia uma decisão de Copa nas mãos dessa geração mimadinha?

Eu acho o Kaka um jogador de alto nivel. Tecnica boa, corre, dribla, chuta, completo! Craque, acho um pouco complicado porque não vejo nele uma qualidade técnica absurda pra isso. Mas, é diferenciado.

Acho o Ronaldinho craque, mas… joga quando quer.

O Robinho idem.

E por ai vai.

O problema é que essa geração é mimada demais. Eles podem arrebentar um jogo e no outro se esconder atrás de um beque com medo de resolver. Não pedem a bola, não falam, não são lideres. Crescem com fama, mas não refletem isso no campo.

O Ronaldo, por exemplo, é um jogador que com o passar dos anos foi aprendendo que ele tinha que PEDIR a bola, pois era “o cara”.

Estes que citei me parecem muito mimados, acham que resolvem quando dá, e quando não dá, dane-se.

Você confia no RObinho? No Ronaldinho?

Eu não.

Adianta confiar a camisa 10 da seleção na Copa a um jogador que amanhã pode sumir do jogo quando o time precisa ou joga mal?

Por outro lado, tem alguem pra isso?

Também não.

É uma geração inteira.

Antigamente tinhamos Socrates, Falcão, Rai, Zico, enfim, jogadores que, independente da tecnica, tinham postura de lideres, pediam a bola, tentavam resolver.

Hoje nossos craques são meninos mimados. Não lideram nada, não chamam pra eles.

Dunga tem a pior seleção da historia do brasil numa copa, não tenho duvida disso.

Ainda assim, é um dos favoritos.

Mas não dá pra confiar que esses caras vão pegar um jogo dificil e transformar em vitoria por iniciativa individual.

Eu não convocaria o Ronaldinho ainda, e tiraria o Robinho do time já! Quem sabe assim, em 6 meses, eles percebem que precisam de mais do que meia duzia de gols ou dribles humilhantes por ai.

Copa se ganha com inteligencia, postura e futebol.

Só futebol nunca resolveu.

abs,

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Consumo consciente.Uma tendência Rubro-Negra.


Admito, sou um humano comum, pleno de falhas, vícios e defeitos. Entre os quais se destacam a preguiça e a indolência. Felizmente entre meus defeitos não figura a incoerência e no primeiro dia do novo ano fui incapaz de fazer qualquer coisa de útil para a humanidade. Passei mais de 80% do dia deitado, sentado ou escarrapachado no sofazão master exercitando freneticamente só o polegar nos teclados dos controles remotos.

Deve ter sido em função desse esforço titânico que acordei no primeiro sábado de 2010 inflamado por uma chama cívica que ardia em meu peito e uma insistente voz em minha consciência. Voz poderosa, com um timbre muito parecido com a do Jorge Curi, que me dizia a intervalos regulares:
- Seja útil à sociedade, realize algo, contribua para a melhoria da vida das pessoas, trabalhe pelo seu país.

Após alguns minutos filosofando sobre meu papel na opera que todos nós desempenhamos ao mesmo tempo em que escrevemos o seu libreto no teatro do universo vulgarmente chamada de vida, me pus de pé com o ímpeto de um soldado e parti decidido e varonil em direção ao supermercado mais próximo. Eu tinha uma missão e iria cumpri-la. Pelo bem da Nação Rubro-Negra, onde o Sol nunca se põe.

Minha missão era de extrema simplicidade, mas ainda assim importante. Estava emocionado, pois iria iniciar exatamente por aquele supermercado, na humildade, ainda na base do esforço individual, a um conjunto de ações objetivando fazer com que o miliardário contrato de patrocínio (simplesmente o maior do país) recém firmado com o Mengão Fuderosão Paradigma de Mercado, valesse muito a pena ao patrocinador.

Os 25 milhões de reais que o Mengão descolou nesse rolo, quantia estratosfericamente superior aos merrecosos 16 milhões que a malévola Petrobrás nos pagava com enorme má vontade e que os gatos-mestres do marketing insistiam em afirmar ser o maior contrato do país, se tornaram o novo paradigma do marketing esportivo brasileiro. Para desespero eterno da arcoririzada, dos banhados sem drenagem à Bambyland. Paradigma, não sei bem o que é. Mas sei que é um negócio que tá toda hora mudando, porque vira e mexe tem um novo paradigma pintando na área.

Munido de uma lista previamente copiada no site de nosso novo patrocinador, a renomada, justa, respeitosa, nutritiva, barateira e higiênica Batavo do Brasil S.A., tripulei um carrinho de supermercado abordando judiciosamente as gôndolas onde os excelentes produtos da Batavo eram oferecidos à massa funkeira. A Batavo não é mole, não. Tem produto bagarai. Se ligue na abrangência do seu portfólio e certamente encontrará um ou mais víveres que agradarão ao seu paladar, ao seu orçamento ou ao seu vício.

De acordo com uma estratégia de consumo previamente traçada comecei a encher o carrinho com os produtos Batavo. A chave da otimização desse magnífico e invejado patrocínio é fazer com que a Batavo lucre cada vez mais. Então a torcida tem que concentrar seu poder de compra nos produtos que proporcionem a maior margem de lucro pro fabricante.

Por exemplo: a Batavo e seu lindo logo com a holandesa (uma batava?) possui uma enorme variedade de produtos para preguiçosos, solteiros e mal casados, a linha de alimentos pré-prontos, prontos e congelados como pizza, lazanha e bolinho de aipim com bacon. Meus parcos conhecimentos culinários me fazem pensar que nessa linha de produtos a Batavo pode agregar mais valor e diferenciais que justifiquem uma maior margem de lucro. Pelo menos uma margem maior do que a obtida nas commodities como manteiga, requeijão e outros derivados do leite, produtos onde a diferenciação entre os concorrentes tende a ser irrelevante e os preços são naturalmente emparelhados com o da concorrência.

Enchi meu carrinho com ênfase nessa linha de frios, que além da questão da margem de lucro podem ser estocados no freezer por décadas. Claro que também estoquei manteiga extra com sal, batata-frita congelada e sobremesas variadas, entre as quais a preferida das minhas exigentes filhas, o delicioso Choco Milk. Ao passar pelo caixa o preço foi justo e a recompensa moral por estar atuando decisivamente em prol de um Flamengo ainda maior me encheram de orgulho nacionalista e afastaram qualquer sombra de culpa por estar consumindo supérfluos num país onde a fome ainda é uma realidade que nos envergonha. Pelo menos a voz tonitroante no meu ouvido parou. Já tava legal de Jorge Curi.

Esse deve ser o espírito dos rubro-negros. Agir localmente e pensar globalmente. Se a torcida entender que se ela bombar um produto a ponto do fabricante ter que aumentar a produção e pela economia de escala lucrar mais e poder até baixar o preço desse produto ou de outros da sua linha, o Flamengo pode negociar ainda melhor seu próximo contrato. É assim que funciona esse maldito e injusto sistema capitalista meritocrático.

Portanto, esfaimada maior torcida do mundo, revejam seus hábitos de consumo e parem de pensar somente em seus problemas imediatos na hora do supermercado. Tenham visão estratégica de longo prazo e pensem no engrandecimento do Mengão, mas pensem também no engrandecimento de seus parceiros comerciais. Nós que fizemos da Petrobrás a líder de extração, refino e comercialização de combustíveis no país durante mais de 25 anos vamos mostrar para essas empresas de economia mista que não sabem respeitar o Manto com quantos paus se faz uma canoa.

A Verdade Sobre 87


O grande debate surdo começou na segunda-feira, dia 7 de dezembro. Ele já vinha se ensaiando, em escaramuças virtuais, mas claro, ganhou força assim que o Flamengo conquistou seu (quinto, sexto?) título brasileiro com a vitória sobre o Grêmio. Os rubro-negros cariocas, muito enfaticamente, celebraram o hexa, e o empate em numero de conquistas com o São Paulo. Os tricolores paulistas, claro, ironizaram – dizendo que 1987 não foi título, porque a CBF não reconhece etc. E torcedores do Sport Club Recife, bom, esses… estrilaram.

É uma discussão que se arrasta há tanto tempo – mais de 20 anos – que dez entre dez cronistas esportivos bufam, sopram e grasnam diante dela. Você deve ter lido e ouvido um caminhão de gente dizendo que não agüentava mais falar sobre o tema, que ele era insuportável, mala, ugh, mais chato do que um videoteipe da Fernanda Young se auto-entrevistando e posando nua ao mesmo tempo. Este escriba aqui, arriscadamente, discorda. A discussão está longe de chata. Pelo contrario – ela é fascinante. E é assim porque é uma típica história brasileira – repleta de macunaímas e capitães nascimento.


O debate é surdo porque nenhum dos lados quer, no fundo, ouvir o outro. O torcedor quer apenas vestir seus argumentos como fatos, apresentá-los e usá-los em favor de seu time. O mais interessante, pois, é como a discussão sobre o hexa-penta (ou penta-hexa) expõe a matéria-prima de todo e qualquer torcedor: o viés. Em nenhum idioma, a idiossincrasia do fã de futebol foi tão bem captada como no Brasil: o verbo torcer nasceu de um hábito das finas torcedoras do início do século XX: elas, agoniadas com os dramas em campo, torciam lenços com as mãos. Mas, de lá pra cá, o verbo galgou parâmetros.

O que fazemos, na arquibancada, é torcer a realidade a nosso favor. As faltas a favor do nosso time são evidentes. As faltas contra nosso time nunca existem. O juiz rouba contra nós – sempre – a não ser quando marca aquele pênalti incrivelmente inexistente e bom, aí, é “errou, né, mas já cansaram de errar contra nós” ou “o juizão é nosso” (o que é claramente perdoável). O torcedor tem a isenção do leão diante da zebra.

Exemplo? Procure MEIO torcedor do Flamengo que não considere o titulo de 1987 como brasileiro. É mais fácil encontrar um branco não-turista em Soweto (Informe Copa 2010: em Soweto, vivem três milhões de negros e 16 brancos). Por outro lado, procure MEIO torcedor do Sport que diga que o time não é o único campeão daquele ano. Procure mais – busque um torcedor de Vasco, Fluminense ou Botafogo que não torça o nariz implicante e diga “hexa sem ser penta… deve ser a primeira vez”.

E é por isso que a discussão é interessante – ela é um típico debate brasileiro sobre futebol. Foi Nelson Rodrigues, ecoando o filósofo alemão Johann Gotlieb Fichte, que sintetizou o viés do torcedor:

- Se os fatos me desmentem… pior para os fatos.

Toda santa discussão de futebol – seja no bar, no gabinete ou no planalto – tem viés. Tem lado. Futebol é fascinante justamente por isso – por ser um jogo que acaba mas não termina. A vitória em campo é, sem dúvida, a mais importante. Mas depois dela se seguem inúmeras e infinitas partidas morais. Exemplo: que torcedor do Corinthians não se irrita quando questionam a legitimidade do titulo brasileiro de 2005 apresentando o football card do Márcio Rezende de Freitas?

Questionar a vitória alheia é parte da dialética do futebol. Como torcemos pelo bem (nosso time) contra o mal (qualquer adversário), precisamos entender a derrota, justificá-la, explicá-la, digeri-la. Precisamos de argumentos que permitam estender a discussão maior – e eterna – que é a narrativa infinda da rivalidade.

E é no cenário desta narrativa que 1987 se insere – e continua vivo – como o campeonato brasileiro por excelência. Como o campeonato que nunca vai terminar – continuará sempre aberto – como uma fresta a expor nossas virtudes e mazelas. Sim, virtudes e mazelas porque o que aconteceu em 1987, dois anos antes da eleição que Lula perdeu para Collor (é…) e da assunção de Ricardo Teixeira ao poder… tem muito a nos dizer sobre o futebol (e o país) de hoje.

É uma história de interesses políticos e comerciais – de enfrentamento entre capitanias hereditárias e um arremedo de capitalismo – que ilustra quão difícil é a construção de um futebol de mercado num país continental. Examinemos, pois, o que plantou essa história sem fim – percebendo como a genuflexão de fatos pode atender este ou aquele freguês. Voltemos pois até 1986, quando começa nossa história.

Gustavo Poli

Tá gostando desse desenrole? Apesar da imparcialidade, que não compartilho, também curti. Então leia o resto do texto no Blog do Gustavo Poli. Pra quem não tem saco de ler tudo eu arrisco um resumo.

No seu texto o Poli demonstra documentadamente que o Flamengo se diz campeão de 87 porque ganhou dos maiores times do país jogando mais bola. E que o Ixpó foi safo ao alugar um helicoptero pra ir até Angra pedir pra uma juiza cassar uma liminar. Ou seja, ele deixou bem clara a diferença das qualidades dos méritos dos dois postulantes ao titulo.

Do Flamengo de 87 é desnecessário dizer qualquer coisa, do Ixpó não se pode dizer nada, na Internet não se encontra nem o nomes dos seus jogadores e o Judiciário e suas ilegítimas incurssões no futebol falam por si mesmas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

* Maior Torcida e sempre aumentando **


A torcida do Flamengo aumentou ainda mais a vantagem sobre os rivais cariocas no quesito tamanho de torcida. Isto é o que aponta a pesquisa do instituto "Datafolha", realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2009.

Na capital, 43% dos entrevistados disseram ser rubro-negros na pesquisa feita em 2007. Na mais recente, o número passou para 49%, um aumento de seis pontos percentuais. Nos números que englobam todo o Estado, o Fla também teve aumento expressivo. Em 2007, o clube estava com 46% do total dos torcedores, e atualmente chegou a 51%.

O pior desempenho da pesquisa foi o do Vasco. Na capital, o time da Colina tinha 18% dos torcedores em 2007. Agora, os cruzmaltinos registram apenas 13% e veem o Botafogo e o Fluminense se aproximarem. Nos números de todo o Estado, o clube também teve uma queda. Passou de 16% em 2007 para 13% em 2009.

Em 2008, o Vasco foi rebaixado para a Série B, mas conquistou novamente seu lugar na elite ao ficar com o título da competição em 2009.

Ainda que não tenham me surpreendido os números da pesquisa renderam saborosas gargalhadas entre a Magnética. Porque é engraçado pra caramba ver tanto time que se acha grande ser obrigado a encarar a dura realidade da irrelevância numérica. Foi o caso da gambazada, eterna runner up nesse campeonato de torcidas, da nacionalmente insignificante bambizada e da psicopata galinhada, que parece estar sendo seriamente ameaçada pela torcida do América Mineiro e pode perder o 3º lugar na preferência dos mineiros em muito pouco tempo.

Me orgulhei mais uma vez da força do Fuderosão nas Alterosas e mais ainda com nossa inconteste proeminência na boa terra baiana. Quem ainda se lembra do ridículo movimento flamengofóbico de alguns cabeças de vento baianos com muito tempo ocioso que pregavam a proibição de torcer pelo Flamengo nas terras onde Cabral aportou? A pesquisa serviu também pra mostrar a inutilidade dessas iniciativas totalitárias e, por extensão, de qualquer tentativa de controlar a paixão alheia. Vê se aprendem de uma vez por todas.



O Botafogo, que nos três últimos anos chegou na decisão do Campeonato Carioca, teve um aumento no número dos torcedores. Em 2007, na capital, o Alvinegro tinha 9% do total dos torcedores, enquanto que em 2009 registra 12%. Nos dados sobre todo o Estado, o clube manteve os 9%.

Vice-campeão da Libertadores de 2008 e da Copa Sul-Americana de 2009, o Fluminense também registrou aumento no percentual de número de torcedores. Na capital, em 2007, o clube tinha 11% do total, e em 2009 chegou aos 12%. No Estado, o Tricolor também cresceu um ponto percentual: de 9% para 10%.

Desta forma, botafoguenses e tricolores seguem uma disputa acirrada pelo posto de terceira maior torcida do Rio de Janeiro.

Números na capital:

Clube 2007 2009
Flamengo 43% 49%
Vasco 18% 13%
Fluminense 11% 12%
Botafogo 9% 12%

Números no Estado:

Clube 2007 2009
Flamengo 46% 51%
Vasco 16% 13%
Fluminense 9% 10%
Botafogo 9% 9%